sexta-feira, 29 de junho de 2012

mil e um balões

Varando a madrugada, fico olhando os desenhos no meu quarto e os balões que eu desenhei na parede para ela. O primeiro sem saber que ela gostava, mas os outros foram propositais...
Cheguei a comparar os balões a ela, e é verdade, ela tem muito de um balão.  É ardente, delirante, amoroso, abraçador de ventos e volta sem rumo para onde bem entender. Os balões somem, ela também.
Voa sem rumo, de acordo com o coração - o fogo - sem pressa, sem tanta gente, de manhã - para aproveitar o sol - descuidando da sua própria vida e a dos outros, apenas discutindo com o vento a sua direção.
E morrendo de rir, com todas as suas cores, dos males da vida.... Chuva? Não existe chuva. São as lágrimas das nuvens pesadas, das nuvens tristes... mas logo depois vem o sol. Em cárcere. Dotado apenas da função de brilhar. É. Vida comprida essa de brilhar.

Vai, coloca um disco, senta aí, escuta os meus pesares... Vem, senta, vem conhecer a menina das nuvens, que voa em balões imaginários, que fala a língua dos peixes franceses. Ok, não estou entendendo nada. Como assim peixe francês? Meu caro, é uma lenda (que apesar da citação, de nada tem a ver com balões. e daí?). Vem, fica sentado ouvindo, quero te contar o que aconteceu... a menina das nuvens, dos balões, a menina do amor, do sol, das lagartixas... ela foi embora num dos seus balões e até hoje espero a volta. Não volta.




ver o mundo girar de cima.