domingo, 22 de julho de 2012

entrelinhas?

e chega uma hora que escrever não suporta mais, não esvazia o de dentro (...)

saudade do tempo em que escrever era como um dedo na garganta

e o que resta?

engolir o vômito e pendurar um sorriso amarelo na cara. As pessoas acreditam, você também passa a acreditar.



(saudade do tempo que eramos juntos, morrendo dentro de nós)
éramos tão juntos. Éramos grito aflito dentro do travesseiro.

aham

tô precisando de tempo, moreno... um tempo assim que seja capaz de me estabilizar de novo dentro do meu equilíbrio.
é um incomodo estressante, daqueles que você toma banho, escova os dentes, se limpa inteira, limpa a casa, arruma milimetricamente o quarto, troca os lençóis, abre as janelas, mas é como se aquela sujeira nunca saísse de dentro... o incomodo continua e deixa cega. Ainda tem o incomodo das músicas, que trazem sem querer as lembranças doce do que se viveu muito rápido, muito rápido.

é que a partir de hoje eu troquei a palavra tristeza por incomodo. Incomodo engana mais, né? aham.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

coisinha

É quando eu paro em um lugar que eu começo a pensar. Olho ao redor e parece uma realidade inventada, que não me pertence e que não faz parte de mim.
O ambiente é livre de qualquer arte, mas tem um cachorro e um incenso às vezes aceso enquanto todos estão em seus computadores, devidamente individualizados. Não há nada na parede a não ser o relógio que bate incessante, te apressando, te lembrando que já se passaram alguns dias e que nada vai parar o giro da terra.
Sai músicas boas da caixa de som, mas nada que não tenha ouvido antes, nada que me toque realmente... a voz é conhecida, a melodia velha, a banda não é a mais bonita da cidade. nem do bairro.
a porta trancada a sete chaves impede que alguém entre nessa propriedade privada, que invada a individualidade da casa, que lhe roube suas coisas e depois vá, como se aquilo o pertencesse.

o cachorro dorme docemente no sofá, esperando o próximo passeio, a próxima brincadeira... Tudo está em ordem. Ordem. Ordem. Me incomoda a ordem. Quero riscar todas essas paredes brancas, jogar tintas e ficar louca alucinada brincando de cor.

Salve, porque sábado já vou pra casa!
Minha casa em cores, meu quarto em cores, meus olhos em cores . E eu.



O relógio bate 14:01. tic.

terça-feira, 10 de julho de 2012

.

"Saudade é a constante troca de fluídos entre um sorrisinho recatado ao ouvir a voz de alguém, o aperto no peito pela necessidade absoluta de sentir a outra pessoa e a solidão por olhar em volta e não reconhecer ninguém. Saudade não é necessariamente boa, nem necessariamente ruim. Afinal, ela demonstra um certo tipo de vazio e você nota importância, onde talvez nunca tivesse percebido.
Saudade pode te levar a fazer coisas antes inimagináveis. Gastar dinheiro que não poderia, tempo que não deveria perder, falas que não deveriam ser ditas e ouvir palavras, as quais, num futuro, poderá nunca querer ter ouvido. No entanto, todas as coisas ditas, feitas, ouvidas, vividas, valerão a pena. E você sabe disso; custa um preço. A questão é se você está pronto pra pagar tal preço. Se vale a pena pagá-lo. E talvez você use da fria e calculista matemática pra decidir seu futuro, mas saiba que, vez ou outra, a maré do sentimentalismo bate na areia dos seus pés e você percebe; está na hora de mergulhar. Mergulhar na aceitação da saudade, ou na recusa. Recusá-la é como fechar a porta pro vento não entrar, mas deixar a janela aberta. Aceitá-la, é se preparar para o vento, vestindo casacos, cobertas. Você sabe que ele vem, mas está preparado. E claro, você sempre dar meia volta, virar as costas pro mar, pro vento, e voltar atrás. Covarde? Fraco? Desistente? Inconsequente? Sentimentalista? Serão perguntas que permearão sua vida pra sempre e por isso eu digo; se é a única opção, encare. Coloque um shorts e mergulhe no mar. Mas se há outras praias, procure direito em qual você preferirá mergulhar. Caso contrário, se arrependerá de ter fechado os olhos pra outras opções para seguir aquela máxima de “melhor se arrepender de ter feito, do que de não ter feito”. Sim, eu concordo com o dito popular. Mas deveria ter uma observação; “primeiro, leve todas as coisas em consideração. Não deixe escapar nenhuma!” Talvez, se eu tivesse feito isso, o texto não seria tão intimista e pessoal.
E claro, como disse Marcos Vinícius em seu comentário; “Saudade, para mim, é a vontade de ter algo bom por perto, seja algo que já viveu, seja algo que ainda não viveu.
Sou completamente de acordo."

(via:  http://literatortura.com)

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Arde



Porque, apesar de tudo, amor é o que eu tenho pra dar e só.

sábado, 7 de julho de 2012

takk


Sou um idiota.
Tenho motivos para achar isso.
Existe uma garota. Não, a garota.
E não conheço nada nem ninguém mais doce que os olhos dela.
toda aquela pluma na alma, toda aquela alma carrega um peso tão grande, talvez ela não queria mostrar, talvez por ser pesada demais, mas eu quero tentar...

Quero falar, mas não sai nada.
é como aquelas comédias romanticas bobas que fazem a gente crer que exista o alguém ideal, o par perfeito, o seu numero. Calma, não existe. Mas deveria.

É aquele lance de ser você mesma, sabe? porque ninguem consegue fingir por muito tempo... É você querer ser você mesma e a  outra pessoa aceitar e achar graça das suas bobeiras, rir das suas piadas sem graça, é ajudar você a arrumar a decoração do seu quarto, é desenhar com você, é só ficar jogado no sofá ouvindo música , é ajudar a fazer a maquiagem, é tentar agradar naturalmente, é dormir segurando sua mão, é querer tirar fotos com você só pra dizer que tem, é te presentear com a presença, é você dar suas músicas preferidas para ela ouvir e ela achar que são as preferidas dela também, é acordar cedo antes de todo mundo só pra tomar café juntas, é brigar sobre quantas colheres de café se põe para se fazer um bom café, é ela te olhar com olhos de carinho e pegar no seu nariz, é esperar o dia inteiro ela chegar, é planejar uma vida, é escolher onde vai morar, é querer que dê certo... é muito querer, desculpa. É querer ser apenas um sujeito simples com uma menina simples e fazer coisas simples, mas com toda intensidade que se pode sentir... porque sempre foi assim comigo quando estou com ela: intenso e simples.

Sou um idiota.
Tenho motivos para achar isso.
Porque ela foi embora, assim como uma música acaba, assim como a noite chega, assim como a maquiagem sai, assim como o café esfria, assim como se perdem as fotos... é deixar de acordar tão cedo só para passar menos tempo pensando nela, é deixar de tomar café, é deixar de pintar e só querer ir embora também...

Sou um idiota.
Tenho motivos para achar isso.
Porque tentei arrancar sorrisos dela e tudo o que ela me deixou foram esses olhos cobertos de mar.

takk.