segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Para ninguém em especial

Querida L.,

Nunca senti algo tão atenuante antes, levava fé nas tuas palavras, por insólitas vezes carinhosas, e achava que era com você o meu dito fim. Errei, sim. E não me sinto culpada por não saber alterar o amor que sinto. Choro ridiculamente vendo comerciais, filmes bobos e lendo coisas; e acho que isso não é uma ação parecida com o que eu era antes de você. Não estou lhe dizendo que provocastes o meu declínio, apenas digo que apressastes o mesmo. Se pudesse, arrancaria de mim tudo o que há de você, tudo o que possa ser uma faísca, uma gota...
Se pudesse escolher, gostaria de nunca ter lhe conhecido, porque os meus últimos meses foram os piores do ano e eu nunca vi os meus olhos marejarem tantas vezes ao dia como nesses meses. Isso dói, dá vontade de se desfazer em prantos e tiros.
E é com esse sentimento que lhe peço para nunca mais abalançar me dirigir à palavra, pois sinto que não mais agüentarei você por perto. Tu me atrofias emocionalmente, me pisas sem se importar. Tudo o que tenho é amor e tu não pareces ter por mim. Cheguei a pensar que eu fosse pouco para você, mas hoje penso que você que é pouco para mim, pois não soube usufruir da magnitude do meu amor, que de tão grande, não coube em mim.
Sem mais, lhe desejo o que quiseres.

14:19 p.m no dia 19 de junho de 2009.