segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Nas ondas do mar


é coração do tamanho de uma amendoim cheio de angustia. é necessidade de chorar, de limpar a alma, mas que falta lugar para fazer, falta dignidade, falta coragem de chorar.

E nem tem cigarro, vinho, nem meu melhor afago de amigo pra me salvar. talvez nas ondas do mar, talvez nas brincadeiras de criança, talvez nos abraços de um menino de 10 anos que me ama sem precisar dizer, que diz que não vai me soltar nunca mais. talvez dentro do mar, em mim, no meu mar, eu me encontre noutro lugar, sem esse peso de sempre, sem essa renuncia, sem o drama, sem esse amor que dói. talvez eu me encontre na minha cura juvenil, na fuga do que corrói, na fuga do que é belo, mas é vulgar.

Minha vida se resume a tecladinhos tristes, um copo de vinho, caderninhos com minhas tristezas escritas, minhas canções que me enobrecem a vida e as cores.

Mas é que hoje o dia se resume a vontade de chorar, lembranças e vontade de esquecer. Pega aquela estradinha e segue, vá lá. Volta não, pequena, porque a hora que você vem é muito cedo pra mim...

"Quando lhe faltar razão, que enfim fale o coração".