terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Tantos dias longe...

Sumir porque nada mais detém. Sumir pelo simples ato de sumir. Sumir para encontrar abrigo dentro de si. Fugir do mundo, fugir do que te traz lembranças do que outrora era você. É respirar fundo em busca de um ar mais puro, acima das nuvens, acima da poluição dos cigarros alheios e dos carros. Fugir das pessoas dentro de seus carros, dentro de suas vidas, dentro dos seus sonhos e sonhos dourados como se estivessem em um jogo de computador.
Vidas fabricadas pelo querer, pelo possuir. Quando não fujo perco a essência do sentir a troco de nada, apenas para rir e se deixar levar pela leveza do ser.
Sumir não apenas para fugir, é sumir para se resguardar no silêncio, para escutar o eco que faz dentro, aquele que a gente não escuta quando está cercado de gente, gente que fala, mas não escuta. É silêncio que se faz só, dentro da bolha mágica da mente.
É sumir em busca de paz. Paz, amor e liberdade. E as pessoas reclamam do sumiço alheio sem saber o que se passa dentro. Sumo por necessitar, sumo por querer estar perto de mim, perto do meu âmago e de Deus.
E quando eu desligo o carro, entro em casa e desligo o celular e sou abraçada pelo meu lençol na cama, eu sei que sou livre para estar só, só comigo e ninguém mais.
Sumo para...